sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

People marching to the drums.

Eu vejo gente. Simplesmente... gente.
Vejo gente andando, correndo, a passos largos ou lentos.
Gente feliz, estressada, atrasada e ainda de cara amarrada.
Suja, rica, humilhada ou ainda não acordada,
Vejo gente que ainda espera sentada.
Gente com medo, que assina e não lê, hipócrita, que não vê.
Humilde, amada, apaixonada ou ainda desempregada,
Eu vejo gente da minha calçada.
Vejo gente que luta, que chora ao ver filme de romance,
Gente a ponto de arrematar em um lance.
Carinhosa, mimada, que pega moeda do chão,
Da minha calçada eu vejo gente que não sabe dizer não.
Eu vejo tanta gente, quem sabe eu não te encontre?
Gente que esconde e depois não sabe onde.
Safada, atirada ou que não sabe o que quer,
Eu vejo gente que um dia já quis ser mulher.
Hoje eu vejo tanta gente, tanta criança comendo do chão,
Que eu me pergunto se teria valido a pena dividir aquele pão.
Mas quem sabe um dia, de tanta gente na avenida,
Eu não ache aquela que um dia cure essa ferida.
Na calçada, abertamente... Eu vejo gente.
Simplesmente gente.

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