sábado, 26 de junho de 2010

Once upon a time...

Há um ano, exatamente um ano hoje, eu estava embarcando em um lugar desconhecido, com pessoas desconhecidas e uma mala lotada de sonhos. O voo demorou muito, muito mesmo. 12h só pra ir, fora o tempo que ficamos esperando no aeroporto (coisa de 16h). 28h de angústia, mas pelo menos deu pra conhecer parte das pessoas que passariam 30 dias comigo. Eu estava realmente nervoso, uma vez que tinha gente de todo o país, e eu era o mais novo deles. Ao embarcar no avião, 12h comendo chocolate, jogando quiz da TAM e contando coisas sobre cada um. Chegando lá, ônibus vermelhos de dois andares espantavam e derramavam lágrimas. Mais umas 2h de ônibus (não sei ao certo porque dormi a maior parte do tempo) até nosso destino final: Oxford. Descarregando malas e entrando no college, quase derretendo de calor (devia estar uns 38ºC) e morrendo de sede, soubemos que tínhamos que fazer uma prova antes de nos acomodar, e aí foi quando uma menina entrou em desespero. Começou a chorar, e conseguimos uma pausa pra tomar uma água (coisa de meia hora) até fazermos a prova. Essa prova determinaria com que pessoas do mundo iríamos lidar, e o nível de inglês delas. Depois da prova, pegamos nossas malas e fomos ao dormitório (bem bem bem longe de onde as aulas seriam, já que a gente chegou tarde e todos os outros alojamentos já tinham sido ocupados). Fiquei no alojamento do líder do grupo, de um piracicabano e de um da minha cidade mesmo (cuja irmã também estava na viagem). Conheci espanhóis, gregos, italianos, tawianeses (?) e até um que veio do Paquistão, ou será que era Índia? Não sei. A comida era horrível no almoço. O café da manhã salvava, e o jantar só às vezes. Tinha karaoke as quartas e baladinhas #fail às sextas. Nosso primeiro passeio foi ao castelo de Chirchill, dia 1 de Julho. Fiquei feliz por entender o que diziam os monitores. Fomos à Londres três vezes, dias 05, 12 e 14 de Julho (quatro, contando a visita monitorada, que foi um lixo). Nas três vezes me senti livre, andando de metrô pela cidade que eu sempre sonhei em estar, vendo lugares que via em fotos. Na última vez perdi minha câmera, e chorei muito mesmo. Tinha 500 fotos lá. As outras 1000 e poucas dei graças a deus por ter colocado no cd. Fomos ao Madame Tussauds, andamos pelo Palácio do Governo, vimos a troca da guarda da Rainha, visitamos a cidade e a casa de Shakespeare, alguns foram ao meridiano de Greenwich, eu fui à King's Cross, a estação do Harry Potter. Tivemos uma vista linda de Oxford do ponto mais alto da cidade, visitamos a Christ Church, onde o escritor de Senhor dos Anéis se inspirou pra escrever a série e onde tem um salão muito parecido com o salão comunal. Compramos coisas, muitas coisas. Andamos de ônibus (que é muito barato) por Oxford inteira, e isso não é muito difícil. Todo dia pedíamos pizza depois do jantar, porque ninguém comia nada. Geralmente dava 4 pounds cada um. Pra irmos pra Londres fazíamos uma vaquinha, de 20 pounds cada. Isso e comprar 30 camisetas me deixou quase sem dinheiro. Tomávamos Red Bull todo dia de manhã, porque era FÉRIAS e acordávamos às 7. Kinder Bueno foi muito comum nesses dias, Kit Kat também. Lotamos nosso corpo de Starbucks. Conversávamos tanto que parecíamos 40 amigos de infância. Até esperando a roupa lavar falávamos besteira. Tinha um Polar, uma X Salada, uma Mariana da Bota, um Pira, a Viola, o Sato, a miss Monte Alto, as Bias, a Isa do Russo, a Ana e o Maurício, e até o Harry Potter entrou na dança. Ninguém se preocupava com o "depois". Tudo envolvia o "agora", fuck off o que poderia acontecer. Tanto é que eu e a Laís fomos experimentar um caminho novo pro quarto, mas era maior que o tradicional, então voltamos na metade do caminho pra ir pelo outro caminho, tudo isso com sacolas enormes e pesadas na mão. Resultado = atrasamos pro almoço, que já estava quase acabando quando chegamos lá. TINHA PIZZA! Foi o dia que eu comi com mais vontade algo na minha vida. Ninguém ligava pra nada, realmente. Mas a coisa apertou um pouco quando entramos no ônibus rumo à Paris, já que percebemos que faltavam 6 dias pra voltar pra casa, e a Laís tinha ficado em Oxford sozinha, porque não tinha mais quarto em Paris quando ela fechou a viagem (uma mentira, porque SOBROU quarto em Paris). Paris foi um pseudo-passeio, foi legal conhecer o Louvre, a Torre Eiffel, comprar queijinhos caros, almoçar macarrão, ir em perfumarias sem levar nada (perdemos o Sato em uma dessas visitas). Acreditam que o perfume que eu queria comprar lá acabei comprando só semana passada? Dormimos no passeio de ônibus pela cidade, a mulher que falava inglês com sotaque francês dava sono. Tomamos um sorvete muito bom. Fomos ao Asterix, que foi a melhor parte de Paris, na minha opinião. Andamos muito. Muito mesmo. Mas, em conjunto, quem ligava?
De tudo o que tinha nas nossas malas, sobrou a saudade. E a vontade de repetir tudo de novo, rever cada detalhe, cada pessoa, cada momento, cada café, almoço, jantar, cada passeio, cada piada interna, cada baladinha, cada noite esperando dar 23h pra ver o pôr-do-sol, cada sorriso, cada novidade,cada...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Goodbye?

Começo rápido, afeição direta, confiança, confiança, confiança, limite máximo, um gelo eu diria, mas, um fim?
Why do all good things come to an end?
Ninguém sabe. Talvez esse fim já tenha chego, e nós não percebemos. Mas mesmo longe, perto, nos vendo ou não, nós vamos estar juntos, sempre. E eu vou te amar. Sempre.